quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Hoje quase senti isto

"Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime! 
Ser completo como uma máquina! 
Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo! 
Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto, 
Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento 
A todos os perfumes de óleos e calores e carvões 
Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!"

Álvaro de Campos

Pita*

1 comentário:

Maria Rita disse...

Pita, não podia deixar de comentar o meu imenso agrado por um post deste calibre! :)