quarta-feira, 14 de julho de 2010

#2 Olhares de Verão

(...)

Eles pertenciam ao mesmo grupo de amigos e era quase inevitável não se verem. Depois daquela troca de olhares inocente o clima mudou e já não conseguiam ser os mesmos parceiros de sempre. O aumento das hormonas palpitantes e difíceis de controlar pareciam ser impossíveis de conter.
Era apenas a vergonha um entrave. Vergonha sem razão, apenas uma negação, ou uma defesa a uma possível reacção dos amigos.
As duvidas perseguiam os seus pensamentos, não sabiam os sentimentos de um em relação ao outro e dos outros em relação a eles.
Mas aqueles olhares despertavam uma segurança insegura rodeados de olhares ciumentos vindo de outros lados   perspicaz  e inteligentemente malignos.

(continua)

Sem comentários: